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O trabalho de um perito forense digital é essencial para solucionar crimes no mundo digital e físico. O recente caso do garoto Henry Borel, reforça essa afirmação.
No dia 8 de março de 2021, uma triste notícia estampava as manchetes dos jornais e blogs: a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, que faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória.
A princípio, a polícia acreditava ser uma morte acidental, mas o desenrolar das investigações mostrou um quadro assustador de agressões contra a criança, e as descobertas colocaram o padastro Jairinho e a mãe Monique Medeiros no centro das investigações.
De todas as ações utilizadas para obter mais provas, uma ferramenta ganhou muito notoriedade nos jornais: o software de perícia digital israelense, chamado Cellebrite Premium.
Ele foi utilizado para recuperar mensagens e outros dados, elucidando o que aconteceu no dia da morte de Henry.
Por isso, neste artigo você vai descobrir mais sobre como atua um perito forense digital e quais os conhecimentos necessários para atuar nessa área.
Como atua um perito forense digital?
Os crimes ocorrem desde que o mundo é mundo.
Entretanto, as descobertas e avanços tecnológicos ao longo da história ampliaram as possibilidades e estratégias dos criminosos. A própria internet, uma das maiores invenções dos últimos tempos, tornou-se “a cena do crime”.
Contudo, essa cena não é aquela que estamos habituados a ver nos noticiários e filmes. Não há sangue respingado no chão, impressões digitais ou buracos de balas nas paredes.
É uma cena sigilosa, cheia de mistérios, onde o protagonista capaz de esclarecer dúvidas é o perito forense digital.
O perito forense digital atua investigando dados, sistemas operacionais e dispositivos para mapear todas as pistas, realizando uma reconstituição do passado, analisando a autoria de crimes cometidos por meio desses recursos.
Sendo um especialista em tecnologia e segurança, esse profissional utiliza diversas técnicas para coletar dados e apresentar uma linha investigativa, tais como:
Realizar a análise de ambientes digitais;
Buscar por potenciais riscos ou fragilidades;
Detectar fraudes e invasões;
Refazer a trajetória da fraude;
Coletar evidências sem comprometer as provas;
Compartilhar as informações com as autoridades responsáveis pela investigação criminal. (fonte: impacta)
Por atuar com dados e recursos tecnológicos, as ações de um perito forense digital tornaram-se essenciais para solucionar crimes diversos crimes, ocorridos no mundo digital ou fora deles, como no caso do Henry.
Vejamos agora alguns casos solucionados através das ações do perito digital forense.
Casos solucionados através da forense digital
Krenar Lusha
No ano de 2009, na cidade de Derby, Inglaterra, um homem de 30 anos, chamado de Krenar Lusha foi condenado por montar um arsenal de materiais para fins terroristas.
Ele baixou na internet uma quantidade excessiva de materiais para elaborar detonadores e cintos com explosivos. Além disso, no momento da apreensão em sua residência, as autoridades encontraram:
Grandes quantidades de componentes de bombas de gasolina (71,8 litros de gasolina);
Munições de armas de fogo, 14 telefones celulares (para serem usados para detonar dispositivos explosivos);
Documentos de computador chamados “Detonadores de Ragnar” e “Livro da Bomba”.
O caso foi solucionado após meses de análises e investigações sobre as informações e dados acumulados no computador do rapaz. Ele foi condenado a 7 anos de prisão no Reino Unido.
Nathaniel Solon
Você conhece o primeiro programa de downloads de arquivos online? Criado em 1999, o Napster, ganhou muita notoriedade, pois trazia para os usuários a inovação de baixar músicas de maneira gratuita e compartilhar com quem desejassem.
Nathaniel Solon, um homem de Casper, Estados Unidos, utilizou o princípio da tecnologia desse programa, a rede p2p para baixar ilegalmente arquivos de músicas e pornografia infantil.
Suas ações ilegais foram reveladas pela Agência de Crimes Contra Crianças da Internet. Através das investigações o perito forense digital descobriu que ele não estava apenas baixando esses arquivos, mas também os distribuindo.
Em 2010 ele foi julgado e condenado.
Ross Compton
Já imaginou um marcapasso, um dispositivo utilizado para monitorar e estimular ritmo cardiovascular, ser utilizado como prova no tribunal? Foi exatamente o que aconteceu nesse caso.
Ross Compton, um homem de 59 anos, do estado de Ohio, centro-oeste do EUA foi desmascarado pelo seu próprio marcapasso. Ele alegou que sua casa sofreu um incêndio, em setembro de 2016, entretanto, a polícia desconfiou e abriu uma investigação.
Seu marcapasso o denunciou: os dados ajudaram a provar que ele realmente apresentou certificados médicos falsos, forjando um incêndio criminoso em sua casa para receber o seguro no valor de $400.000 dólares.
Ele afirmou estar dormindo quando sua casa pegou fogo, e que, ao acordar e ver o incêndio, rapidamente colocou roupas e outros pertences em sacolas e pulou da janela de seu quarto, para ficar em segurança após quebrá-la com uma bengala.
Mais tarde, a polícia, através de análises da perícia forense digital, descobriu que a declaração de Compton era inconsistente com as evidências que eles encontraram, após coletarem relatórios de seu marca-passo antes, durante e depois do incêndio.
Ele foi preso em 2017 e ainda tenta recorrer sobre a sentença.
Ataque a Escola Raul Brasil
Uma tragédia que impactou todo o nosso país. Era manhã, uma quarta-feira, dia 13 de março de 2019, quando um homem e um adolescente encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano – SP.
O atentado matou dez pessoas: cinco alunos, duas funcionárias do colégio, um comerciante – morto antes da entrada dos assassinos na escola – e os dois jovens que cometeram o crime.
As investigações apontaram que Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. Após o crime, o mais novo atirou no mais velho e em seguida tirou sua própria vida.
A perícia forense digital analisou os dispositivos dos envolvidos, descobrindo o plano do crime, a participação de Taucci em fóruns da deep web e uma troca de mensagem com um terceiro adolescente, suspeito de ter envolvimento no planejamento do atentado.
O processo corre em segredo de justiça.
Diante desses casos, fica clara a importância do trabalho realizado pelo perito forense digital, desvendando dados e descobrindo pistas através de estratégias da tecnologia.
Conhecimentos necessários para atuar como um perito forense digital
É fundamental que o profissional dessa área tenha domínio sobre Tecnologia da Informação, Análise de Sistemas, Redes, Segurança da Informação, entre outras do gênero.
Além disso, por ser uma área de investigação criminal, é essencial que o profissional possua um bom conhecimento sobre a legislação, afinal, terá que lidar com advogados e com o sistema judiciário.
Com o aumento dos crimes cibernéticos, golpes, vazamentos de dados e legislações sobre privacidade, o mercado apresenta-se promissor para esse profissional, principalmente no Brasil, já que estamos em terceiro lugar no ranking dos países mais atacados e vulneráveis ao cibercrime.
Por fim, existem certificações necessárias para exercer a função de perito forense criminal, entre elas estão:
ACE (AccessData Certified Examiner), do fabricante AccessDat;
ACFEI (American College of Forensic Examiners Institute);
CCFT (Certified Computer Forensic Technical);
CEH (Certified Ethical Hacker);
CHFI (Certified Hacker Forensic Investigator).
Conclusão
Há décadas era improvável imaginarmos que crimes poderiam ser solucionados através da recuperação de mensagens de textos, dados apagados e até um marcapasso de alguém.
Com toda a tecnologia que desfrutamos hoje, muitas possibilidades e oportunidades de profissões estão abertas, principalmente na área da segurança da informação.
Fontes
Brainz | IIGPI | CNN Brasil
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